Motivo pelo qual muitas pessoas procuram um otorrinolaringologista, a labirintite é o nome que popularmente se usa para classificar alguns distúrbios relacionados ao equilíbrio e à audição, como tonturas, vertigens, zumbidos e desequilíbrios, entre outras formas de mal estar. Ao menos sinal de um destes desconfortos, a pessoa precisa procurar um profissional, para avaliar o quadro e iniciar o tratamento.
“O ouvido humano possui dois componentes distintos: a cóclea, em formato de caracol, responsável pela nossa audição, e o vestíbulo, responsável pelo nosso equilíbrio. Juntos, cóclea e vestíbulo foram o labirinto. O comprometimento de algum desses componentes provocará sintomas que popularmente chamamos de labirintite”, explica a Dra. Camila Dias Angelo, otorrinolaringologista do Ciom. De acordo com ela, sentimos tontura porque o cérebro recebe informações erradas, geradas pelo labirinto doente, a respeito da posição no espaço.
Doenças pré-existentes como diabetes, hipertensão e reumatismo; utilização de drogas ototóxicas (como alguns antibióticos e anti-inflamatórios); alterações bruscas da pressão barométrica (mergulho e aviões); infecções por vírus ou bactérias; alterações no metabolismo orgânico; doenças do próprio ouvido; aterosclerose; traumas sonoros e traumatismos na cabeça. “É muito comum, também, a labirintite ser originada por hábitos como excesso de cafeína, tabagismo, álcool ou drogas, stress e problemas psicológicos e problemas na coluna cervical e articulação da mandíbula”, acrescenta a médica do Ciom.
Crianças também podem ter labirintite. “Os pais precisam estar atentos aos filhos. Um indicativo para se suspeitar de labirintite é quando a criança apresenta dificuldade em participar de brincadeiras que outras crianças da mesma idade realizam com facilidade. Outro exemplo é se a criança tem dificuldade de andar de bicicleta ou pular amarelinha. É preciso consultar um otorrinolaringologista para uma avaliação precisa”, explica ela.
– A boa notícia é que a labirintite pode ser tratada. O primeiro passo é identificar o problema e, assim, aliviar o sintoma, com uso de medicamentos. É fundamental evitar a auto-medicação. O especialista vai avaliar o quadro, propor o tratamento correto e para isso fará exames clínicos. O mais importante é procurar um especialista – finaliza a Dra. Camila Dias Angelo.